quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Civilização Fenícia


Os fenícios, povo de origem fenícia semita, surgiram a partir do ano de 3000 a.C., numa faixa estreita de terra entre a costa oriental do mar Mediterrâneo e as montanhas da Armênia, na região ocupada atualmente pelo Líbano, pela Síria e pelo Estado do Israel.[28]
Comércio fenício.
Proprietários de poucas terras e de solos áridos, os fenícios não se dedicaram à agricultura. Rodeados de montanhas ao norte, ao sul e a leste, apenas o que restava para eles era aproveitar as águas do Mar Mediterrâneo. Vivendo em contato com o mar, descobriram, desde os primeiros tempos, a arte de construir navios e de navegar. Assim, suas cidades muito importantes, como TiroSídonBiblos e Ugarit, se tornaram portos de onde partiram os navios para o comércio de mercadorias próprias ou de outros países. Seus tripulantes se aventuravam pelos mares em viagens ousadas, conquistando mercados mais longínquos em outros países que já existiram.[28]
Foi assim que os fenícios, além de explorar o Mar Mediterrâneo, fazendo comércio com as ilhas de Chipre, Sicília, Córsega e Sardenha, atingiram oOceano Atlântico, chegando ao Mar Báltico, no norte da Europa, e percorrendo a costa da África. Os fenícios foram os maiores navegadores e exploradores da Antiguidade. Chegaram mesmo a dar volta completa ao redor da África, e mais tarde 600 a.C., a pedido do faraó Necao, do Egito, numa viagem que, dois mil anos mais tarde, Vasco da Gama iria fazer em sentido contrário. Há quem afirme que os fenícios chegaram até o litoral do Brasil, mas esta hipótese é descartada por pesquisadores e historiadores.[29]

[editar]Produtos económicos fenícios

Os produtos comercializados pelos fenícios foram numerosos. Alguns deles eram comprados de outros países e revendidos noutros lugares. Mas a maioria eram produtos de fabricação própria, como tecidos, corantes para pintar tecidos (como a púrpura, por exemplo), vasos cerâmicos, armas, peças de metal, vidro transparente e colorido, jóias, perfumes, especiarias, entre outros. Seus artesãos eram hábeis imitadores e falsificadores de produtos de outras civilizações. Também os cedros das montanhas fenícias eram exportados. Os fenícios foram, também, os maiores mercadores de escravos da época. Fundaram várias feitorias (pontos de armazenamento de produtos) e muitas colónias noutras regiões, como as ilhas de MaltaSardenhaCórsega eSicília, e fundaram, ao norte da África, a célebre cidade de Cartago.[29]

[editar]Organização política fenícia

Os fenícios estavam organizados em cidades-estados, ou seja, cada cidade fenícia constituía um centro comercial independente, com administração pública própria. O governo dessas cidades era exercido por comerciantes influentes, chamados sufetas. Muitas vezes, essas cidades entravam em choque por causa da concorrência comercial. Algumas delas chegaram mesmo a pagar tributos a fim de terem a preferência e a proteção no comércio de seus produtos.[29]

[editar]Cultura fenícia

Evolução das letras que compõem o nome hebraico do rei Davi a partir doalfabeto fenício, passando pela escrita hebraica antiga pré-exílio chegando as letras hebraicas atuais (denominadas de "letras quadráticas" ou "escrita assíria").
No início, os fenícios utilizaram a escrita cuneiforme da Mesopotâmia. Depois, passaram a usar os hieróglifos dos egípcios. Porém, esses sistemas de escrita não estavam dando satisfação às suas necessidades comerciais. Dessa forma, nasceu a ideia de simplificar a escrita e inventar o alfabeto, que acabou sendo a maior contribuição que os fenícios deram para o mundo, no campo cultural.[29]
Essa importante descoberta nasceu da necessidade de facilitar a contabilidade e elaboração de contratos com outros povos. Assim, inventaram 22 caracteres representando as consoantes; mais tarde, os gregos aperfeiçoaram o alfabeto fenício, acrescentando as vogais, e outros povos começaram a adotá-lo.[29]
Na cidade de Ugarit foi encontrada uma biblioteca com inúmeros tabletes de argila com escritos sobre a administração, a religião e a mitologia da Fenícia.[29]

[editar]Religião fenícia

Os fenícios eram politeístas, ou seja, adoravam vários deuses, cujos nomes pelos quais são chamados abaixo: Astarte, deusa da fecundidade;[30] Baal, deus do trovão; Melkart, deus violento e guerreiro; Ishtar, deusa da Mesopotâmia, cultuada também na Fenícia, entre outras divindades.[30]
Fato curioso, na religião dos fenícios, é que eles, como navegadores, não tinham divindades marítimas e os sacerdotes, em cerimônias rituais, sacrificavam homens e crianças em homenagem aos deuses, principalmente Moloc.[30]

[editar]Desenvolvimento científico fenício

Os fenícios não foram nada originais no campo científico, copiando teorias, conceitos e ideias de outros povos tudo aquilo que poderia ser de extrema utilidade para eles. Extremamente ligados ao comércio, a atividade econômica que mais desenvolveram foi o da construção de navios e da navegação. Possuíam excelentes conhecimentos de matemática para a construção de navios e de astronomia, que os auxiliava durante a navegação pelos mares.[30]

[editar]Civilização Persa

O Império de Alexandre, o Grande.
Império Persa começou em 549 a.C., com as conquistas de Ciro, o Grande, e terminou em 330 a.C., quando Alexandre Magno, da Macedônia, derrotouDario III. O Império Persa, portanto, durou cerca de dois séculos e compreendia propriamente dita a Ásia Menor por inteiro. Estava localizado na área ocupada hoje pelos seguintes países: Irã, Iraque, Síria, LíbanoJordâniaIsraelEgitoTurquiaKuwait,CazaquistãoTurcomenistãoAzerbaijãoPalestina,GeorgiaChipreAfeganistão, parte do Paquistão, da Grécia e da Líbia. Foi o maior império conhecido até a época. Os persas, assim como os medos, eram dois povos de origem indo-europeia que se estabeleceram no planalto do Irã mais de um milênio antes de Cristo.[31]

[editar]Reis persas

Ciro II da Pérsia.
Os principais reis do Império Persa foram três: Ciro, o GrandeCambises e Dario I. Sob o comando habilidoso do general Ciro, o Grande, os dois povos, medos e persas uniram-se por volta do século VI a.C. e formavam um grande império: o Império Persa. Durante os 25 anos de seu governo, Ciro, o Grande conseguiu não apenas conquistar a Mesopotâmia como também conquistar a Ásia Menor por completo.[31]
Como era diferente de outros conquistadores, Ciro, o Grande tratava os povos dominados com respeito, possibilitando a eles uma vida bastante normal, com liberdade de ação, de emprego, de religião, etc. Mais por motivos políticos do que religiosos, Ciro, o Grande, em certo momento, chegou a entrar num templo da religião local a fim de prestar culto aos deuses. Permitiu liberdade de culto e proibiu aos seus soldados que roubassem com força as imagens sagradas veneradas nos templos babilônicos. Muito liberal e generoso, permitiu aos hebreus que viviam como escravos na Pérsia que retornassem ao seu país de origem, a Palestina.[31]
Mas sua administração, não concordava com as ideias dos outros, ou seja, era intransigente, em dois pontos: Os povos dominados eram obrigados a servir o exército e a pagar pesados tributos. Ciro, o Grande morreu em batalha no ano de 529 a.C.[32]
O primeiro sucessor de Ciro, o Grande foi seu filho Cambises, que era cruel e violento, mandando, inclusive assassinar seu próprio irmão. Em 525 a.C., Cambises conquistou o Egito, porém foi misteriosamente morto quando retornava ao seu país.[32]
Dário.
Dario I era um dos familiares de Cambises e assumiu o poder em 521 a.C. Ampliou ainda mais o grande Império Persa, conquistando o vale do rio Indo e o norte da Grécia, mas foi infeliz na Batalha de Maratona, ao ser derrotado pelos atenienses. A maior contribuição que Dario deixou para a história, foi, sem dúvida, uma rígida organização político-administrativa que impôs ao imenso Império Persa.[32]

[editar]Política persa

Apoiado por um poderoso exército, Dario I governou o Império Persa com firmeza mas ao mesmo tempo com benevolência, ou seja, bondade. Para facilitar a administração pública, dividiu o império em vinte províncias denominadas satrapias. Cada satrapia era governada por sátrapa. Cada sátrapa era nomeado pelo rei, o chefe de Estado do Império Persa, e tinham como principais atribuições:[32]
  • Fazer justiça;
  • Cobrar impostos;
  • Administrar as obras públicas;
  • Manter a ordem.
Para evitar que os sátrapas abusassem do poder, o rei nomeava para cada província um secretário e um general que o mantinham informado do que acontecia em cada satrapia. Sátrapas, generais e secretários eram, por sua vez, fiscalizados por enviados do rei, os inspetores, que visitavam periodicamente as províncias. Esses inspetores foram apelidados de "os olhos e os ouvidos do rei". Para facilitar as transações comerciais, Dario criou uma moeda (em ouro ou prata) para todo o império: o dárico. Somente o rei era autorizado para mandar cunhar moedas.[32]

[editar]Transportes e comunicações persas

Os persas construíam importantes vias de transporte entre as cidades mais populosas do Império. Aproximadamente, a cada 20 quilômetros havia estações de descanso com hospedaria e cocheira. Os mensageiros do rei trocavam de cavalo a cada estação, de maneira que podiam cobrir longas distâncias rapidamente. Eles conseguiam levar uma mensagem da cidade de Susa aSardes em menos de duas semanas, perfazendo uma distância de 2 400 quilômetros.[33]

[editar]Economia persa

A base da economia do Império Persa foi a agricultura e o comércio. O povo, embora seja responsável pela riqueza agrícola do país, vivia na mais completa miséria, sendo obrigado a entregar aos proprietários de terras a maioria do que produzia. Além do mais, era obrigado a trabalhar, de graça, em obras públicas, como na construção de palácios, estradas e canais de irrigação, atividades agrícolas muito valorizadas pela religião.[33]
O governo explorava a sociedade toda com pesados impostos, a fim de manter o exército e o luxo. O Império Persa manteve relações comerciais com o Egito, a Fenícia e a Índia.[33]

[editar]Religião persa

Faravahar (ou Ferohar), representação da alma humana antes do nascimento e depois da morte, é um dos símbolos do zoroastrismo.
Os persas seguiam a religião pregada por Zoroastro (ou Zaratustra), nascido na Ásia Central, em data desconhecida entre 1700 e 1000 a.C.. A doutrina por si pregada foi mais tarde alterada pelos sacerdotes Magi que acentuaram um dualismo, apresentando o mundo como uma constante luta entre o deus do bem (Mazda) e o deus do mal (Arimã). Adoravam também o Sol (Mitra), a Lua (Mah) e a Terra (Zan).[33]
Acreditavam num deus criador do céu, da terra e do homem e numa vida após a morte. Os corpos dos mortos considerados impuros não eram enterrados para não manchar a mãe-terra sagrada. Eram colocados para os abutres, em altas torres, ou totalmente protegidos com cera antes de serem enterrados. Não tinham templos nem estátuas, mas mantinham aceso o fogo sagrado que simbolizava o deus do bem e a pureza. Além do mais, o zoroastrismo(religião persa também chamada de mazdeísmo) pregava a bondade, a justiça e a retidão. Essa dualidade rígida entre o bem e o mal influenciou grandemente o cristianismo, o judaísmo e futuramente, o islamismo de Maomé.[33]

[editar]Cultura persa

Os persas se distinguiram principalmente na arquitetura, construindo lindos palácios, como os de Persépolis e Susa. Foram notáveis nos trabalhos de tijolos esmaltados em cores vivas. Na escultura, usaram os baixos relevos. Imitaram, na arte, os egípcios e os assírios. A escrita era a cuneiforme, a da Mespotâmia

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