quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Guerra da Coreia (Junho/1950 - Julho/1953)


O único grande confronto militar que envolveu batalhas em que de um lado haviam forças militares americanas e do outro forças soviéticas, foi a Guerra da Coreia. A península da Coreia foi dividida, em 1945, pelo paralelo 38 N, em duas zonas de influência: uma ao norte, ocupada pela União Soviética, e a partir de 1949 pela República Popular da Chinacomunista; era a República Popular Democrática da Coreia. A outra porção, ao sul do paralelo 38 N, foi ocupada pelas tropas americanas e permaneceu capitalista com apoio das nações ocidentais passou a ser conhecida como República da Coreia.
Forças das Nações Unidas em retirada da Coreia do Norte, após o armistício.
Em 1950, os líderes da Coreia do Norte, incentivada pela vitória do socialismo na China um ano antes, recebeu apoio da URSS para tentar reunificar a Coreia sob o comando de um governo socialista, invadiu e ocupou a capital sul-coreana Seul, desencadeando um conflito armado. Os Estados Unidos solicitaram ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, a formação de uma força multinacional para defender a Coreia do Sul. Na ocasião a URSS se recusou a participar da reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas em que esta medida foi discutida, e os Estados Unidos conseguiram legitimar a primeira grande batalha militar da Guerra Fria contra o bloco soviético.
As tropas anglo-americanas fizeram a resistência no sul, reconquistando a cidade e partindo em uma investida contra o norte. A China, sentindo-se ameaçada pela aproximação das forças ocidentais, enviou reforços à frente de batalha, fazendo da Coreia um grande campo de batalha.
Após muitas batalhas, com avanços e recuos de ambos os lados, um primeiro acordo de paz é negociado, mas demora dois anos para ser ratificado. O General americano Douglas MacArthur chegou a solicitar o uso de armas nucleares contra a Coreia do Norte e a China, mas foi afastado do comando das forças americanas.
Apenas quando a União Soviética já havia testado sua primeira bomba de hidrogênio, em 1953, é que um armistício foi assinado em Panmunjon, em 27 de Julho de 1953. O acordo manteve a península da Coreia dividida em dois Estados soberanos, praticamente como antes do início da guerra, com mudanças mínimas na linha de fronteira. Essa divisão da Coreia em dois países se mantém até hoje. Em Junho de 2000, os governos das duas Coreias anunciaram planos de reaproximação dos dois países. Isso significou o início da desmilitarização da região, a diminuição do isolamento internacional da Coreia do Norte e, para milhares de coreanos, a possibilidade de reencontrar parentes separados há meio século pelo conflito. Pela tentativa, o então presidente da Coreia do Sul, Kim Dae Jung, recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2000.

[editar]Operação Washtub

A Operação Washtub, foi uma operação secreta da CIA organizada para plantar um falso esconderijo de armas Soviético na Nicarágua para demonstrar que a Guatemala tinha laços comMoscou. A operação fazia parte de um plano para derrubar o Presidente da Guatemala, Jacobo Arbenz Guzmán em 1954.

[editar]Corrida Espacial

Yuri Gagarin, a primeira pessoa no espaço (1961).
Um dos campos que mais se beneficiaram com a Guerra Fria foi o da tecnologia.[7] Na urgência de se mostrarem superiores aos rivais, Estados Unidos e União Soviética procuraram melhorar os seus arsenais militares. Como consequência, algumas tecnologias conhecidas hoje (como alguns tecidos sintéticos) foram frutos dessa corrida.
A corrida espacial está nesse contexto. A tecnologia aeroespacial necessária para o lançamento de mísseis e de foguetes é praticamente a mesma, e portanto os dois países investiram pesadamente na tecnologia espacial.[7]
Sentindo-se ameaçada pelos bombardeiros estratégicos americanos, carregados de artefatos nucleares que sobrevoavam as fronteiras com a URSS constantemente, a URSS começou a investir em uma nova geração de armas que compensasse esta debilidade estratégica. Assim, a União Soviética dá início à corrida espacial no ano de 1957, quando os soviéticos lançaram Sputnik, o primeiro artefato humano a ir ao espaço e orbitar o planeta. Em novembro do mesmo ano, os russos lançaram Sputnik II e, dentro da nave foi a bordo o primeiro ser vivo a sair do planeta: a cadela Laika.
Após as missões Sputnik, os Estados Unidos entraram na corrida, lançando o Explorer I, em 1958. Mas a União Soviética tinha um passo na frente, e em 1961 os soviéticos conseguiram lançar Vostok I, que era tripulada por Yuri Gagarin, o primeiro ser humano a ir ao espaço e voltar são e salvo.
Astronauta Buzz Aldrin fotografado porNeil Armstrong (o primeiro homem a pisar naLua) durante a missão Apollo 11, em 20 de Julho de 1969.
A partir daí, a rivalidade aumentou a ponto de o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, prometer enviar americanos à Lua e trazê-los de volta até o fim da década. Os soviéticos apressaram-se para vencer os estadounidenses na chegada ao satélite.[7] As missões Zond deveriam levar os primeiros humanos a orbitarem a Lua, mas devido a falhas, só foi possível aos soviéticos o envio de missões não-tripuladas, Zond 5 e Zond 6, em 1968. Os Estados Unidos, por outro lado, conseguiram enviar a missão tripulada Apollo 8 noNatal de 1968 a uma órbita lunar.
O passo seguinte, naturalmente, seria o pouso na superfície da Lua. A missão Apollo 11 conseguiu realizar com sucesso a missão, e Neil Armstrong eEdwin Aldrin tornaram-se os primeiros humanos, respectivamente, a caminhar em outro corpo celeste.[7]
A corrida espacial se tornou secundária com a distensão dos anos 1960-1970, mas volta a ter relevância nos anos 1980, no que pode ser considerado o último capítulo daquela disputa. O presidente dos Estados Unidos anuncia investimentos bilionários na construção de um sistema espacial de defesa anti-mísseis balísticos.[7] A oficialmente denominada Iniciativa Estratégica de Defesa e conhecida como guerra nas estrelas, poderia defender o território americano dos mísseis russos e acabar com a lógica da Destruição Mútua Assegurada.
Neste contexto os Estados Unidos enviam ao espaço o primeiro veículo espacial reutilizáveis: o ônibus espacial.[7] A URSS levaria alguns anos para construir a sua versão do ônibus espacial, (o Buran) mas foi a primeira a colocar no espaço uma nave espacial armada de ogivas nucleares, a Polyus, que teria sido destruída pelos próprios líderes soviéticos em 1987, quando já estavam avançadas as negociações diplomáticas para por fim à Guerra Fria.

[editar]Arpanet

Mapa da rede ARPANET em 1972.
Outro campo em que ocorreu grande desenvolvimento durante a Guerra Fria foi o das comunicações. Temendo um possível bombardeio soviético, durante a década de 1960O Pentágono financiou o desenvolvimento de um sistema de comunicação entre os computadores, que envolveu centros de pesquisa militares e civis, como algumas das principais universidades americanas. A rede de comunicações criada pela agência Arpa ficaria conhecida como Arpanet.
A lógica do sistema era a seguinte: caso fosse feito um bombardeio soviético, a central de informações não estaria em um só lugar, mas sim em vários pontos conectados em uma rede, ou seja, cada nó da rede funcionaria como uma central, todas conectadas entre si. A infraestrutura da rede foi construída com fibra óptica para não sofrer interferência dos pulsos eletromagnéticos produzidos pelasexplosões nucleares.[8] O sistema foi inaugurado com sucesso em 1969, na Universidade da Califórnia (UCLA), com o envio de uma mensagem de caracteres para outro servidor.
Durante toda a década de 1970 e 1980 o uso dessa tecnologia se manteve restrito a fins militares e acadêmicos. Somente em Convenção realizada no ano de 1987 a rede seria liberada para uso comercial. A partir de então a Arpanet passou a se chamar Internet. Em 1990, o físico inglês Tim Berners-Lee criaria o HTML (Linguagem de Marcação de Hipertexto). Na década de 1990 a Internet passaria por um processo de expansão gigantesco, tornando-se um grande meio de comunicação da atualidade.

[editar]A coexistência pacífica (1953 - 1962)

Após a morte de Stalin, em 1953Nikita Khrushchov subiu ao posto de Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética e, portanto, governante dos soviéticos. Condenou os crimes de seu antecessor e pregou a política da coexistência pacífica entre os soviéticos e americanos, o que significaria os esforços de ambos os lados em evitar o conflito militar, havendo apenas confronto ideológico e tecnológico (corrida espacial). Houve apenas tentativas de espionagem. Esta política também possibilitou uma aproximação entre os líderes. Khrushchov reuniu-se diversas vezes com os presidentes americanos: com Dwight D. Eisenhower, em 1956, no Reino Unido; em 1959 nos Estados Unidos; e em 1960 na França; e com Kennedy se encontrou uma vez, em 1961, em VienaÁustria.

[editar]Os países não alinhados

Um grupo de países optou por não tomar parte na Guerra Fria. Em sua maioria, países africanos, asiáticos e ex colônias europeias de independênciarecente. Para garantir sua neutralidade, os assim denominados países não alinhados promoveram, em abril de 1955 e através da Conferência de Bandung, a criação do Movimento Não Alinhado. Seu objetivo era dar apoio e segurança aos países em desenvolvimento contra as duas superpotências. Condenavam o colonialismoimperialismo e o domínio de países estrangeiros em geral.[9]
A primeira conferência do movimento foi realizada em setembro de 1961, na cidade de Belgrado, com a presença de representantes de 25 países.[9]Nessas conferências, se torna óbvio os conflitos entre os países do movimento, como por exemplo, entre o Irã e o Iraque, o que favorecia a posição das duas superpotências e até da China. Além disso, era difícil a neutralidade dos países por causa da fraca economia e agrava-se pelo atraso no desenvolvimento dos países recém-independentes.[10]
Com o fim da Guerra Fria e a extinção da União Soviética, o princípio político de "neutralidade" deixou de ter um sentido comum.[10]

[editar]Crises da Guerra Fria (1956 - 1962)

[editar]Revolução húngara (1956)

Cabeça da estátua de Josef Stálin, derrubada durante a revolução.
Na Hungria, a ocupação da Hungria pelo Exército Vermelho, após a Segunda Guerra Mundial, garantiu a influência da União Soviética sobre a região.[11] O país no período pós-guerra tornou-se uma democracia pluripartidária, até 1949, quando a República Popular da Hungria foi declarada[12] e tornou-se um estado comunista liderado por Mátyás Rákosi.[13] Com o novo governo, começou uma série de prisões em campos de concentração, torturas, julgamentos e deportações para o leste. A economia não estava indo bem, sofria com a desvalorização da moeda húngara, o pengő, considerada uma das mais altas hiperinflações conhecidas.
Esgotados com os índices econômicos cada vez piores e com os governos de Enrö Gero e Mátyás Rákosi, a população tomou as ruas deBudapeste na noite de 23 de outubro de 1956.[14] O objetivo desse levante era o fim da ocupação da União Soviética e a implantação do "socialismo verdadeiro".[15] Houve um confronto entre autoridades policiais e manifestantes e durante esse confronto, houve a derrubada da estátua de Josef Stálin.[14]
Mesmo após a troca de governo, os conflitos foram intensificando-se. Com isso, os soviéticos organizaram uma trégua com os populares. Logo após, o exército soviético executou uma violenta ação contra os populares, colocando no poder Janos Kadar. No dia 4 de novembro de 1956, um novo exército soviético provocou destruição nas ruas da capital húngara. Os populares foram derrubados.[14]

[editar]Guerra de Suez (1956)

O rei do Egito, pró-europeu, foi derrubado por Gamal Abdel Nasser em 1953, que procurou instalar uma política nacionalista e pan-arabista. Sua primeira manobra política de efeito foi a guerra que declarou contra o recém-criado estado de Israel, porque eles teriam humilhado os árabes na Guerra de Independência Israelita. Com os clamores de outros países árabes para uma nova investida contra os judeus, Nasser aliou-se à Jordânia e à Síria.
Anúncio na nacionalização do Canal de Suez, feito por Gamal Abdel Nasser.
Na mesma época, Nasser teria declarado a intenção de nacionalizar o Canal de Suez, que era controlado majoritariamente por franceses e britânicos. Isso preocupou as duas potências, que necessitavam do canal para seus interesses colonialistas na África e Ásia. Assim, a França, oReino Unido e Israel decidiram formar uma aliança, declararam guerra ao Egito de Nasser e cuidaram da ocupação do Egito. Os europeus cuidaram de bombardear e lançar paraquedistas em locais estratégicos, enquanto os israelitas cuidaram da invasão terrestre, invadindo apenínsula do Sinai em poucos dias depois.
A guerra no Egito perturbou a paz que vinha sendo mantida entre Washington D.C. e Moscou. Dwight D. Eisenhower, então presidente americano, criticava a repressão em Budapeste, na Hungria, e teve que provar que era contra a invasão a Israel. Os Estados Unidos tentaram várias vezes fazer os europeus mudarem de ideia e retirar os ocupantes do Egito, ao mesmo tempo que Khrushchev demandava respostas. Os Estados Unidos, inclusive, tentaram, a 30 de Outubro de 1956, levar ao Conselho de Segurança das Nações Unidas a petição de retirada das tropas do Egito, mas França e Reino Unido vetaram a petição. A União Soviética seguia a mesma linha de raciocínio do Estados Unidos, sendo assim favorável à desocupação das terras egípcias porque queria estreitar laços com os árabes, e se aliou rapidamente à Síria e ao Egito.
A crescente pressão econômica estadunidense e a ameaça de Khrushchov de que "modernas armas de destruição" seriam usadas em Londres eParis fizeram os dois países recuarem, e os aliados se retiraram do Sinai em 1957. Após a retirada, o Reino Unido e a França foram forçadas a perceber que não eram mais líderes políticos do mundo, enquanto o Egito manteve sua política nacionalista e, mais tarde, pró-soviética.

[editar]Crise dos Mísseis (1962)

Cuba, a maior das ilhas caribenhas, sofreu uma revolução em 1959, que retirou o ditador pró-estadunidense Fulgêncio Batista do poder, e instaurou a ditadura de Fidel Castro a partir de 1959. A instauração de um regime socialista preocupou a Casa Branca que ainda em 1959 tentou depor o novo governo, apoiando membros ligados ao antigo regime e iniciando um embargo econômico à ilha. Com o bloqueio do comércio de petróleo e grãos, Cuba passa a adquirir esses produtos da URSS. O governo de Fidel Castro, inicialmente composto por uma frente de grupos nacionalistas,populistas e de esquerda, que variava de social-democratas aos de inspiração marxista-leninista, rapidamente se tornaria polarizaria em torno dos líderes mais pró-URSS. Em 1961, a CIA chegou a organizar o desembarque de grupos de oposição armados que deporiam Fidel Castro na operação da Invasão da Baía dos Porcos, que foi um fracasso completo. Diante desta situação o novo regime cubano se aproxima rapidamente da URSS, que oferece proteção militar.
Em 1962, a União Soviética foi flagrada construindo 40 silos nucleares em Cuba. Segundo Kruschev, a medida era puramente defensiva, para evitar que os Estados Unidos tentassem nova investida contra os cubanos. Por outro lado, no plano estratégico global, isto representava uma resposta à instalação de mísseis Júpiter II pelos estadunidenses na cidade de EsmirnaTurquia, que poderiam ser usadas para bombardear todas as grandes cidades da União Soviética.
Local de lançamento de mísseis em Cuba, dia 1 de Novembro de 1962.
Rapidamente, o presidente Kennedy tomou medidas contrárias, como a ordenação de quarentena à ilha de Cuba, posicionando navios militares no mar do Caribe e fechando os contatos marítimos entre a União Soviética e Cuba. Vários pontos foram levantados a respeito deste bloqueio naval: os soviéticos disseram que não entendiam porque Kennedy havia tomado essa medida, já que vários mísseis estadunidenses estavam instalados em territórios dos países da OTAN contra os soviéticos, em distâncias equivalentes àquela entre Cuba e os Estados Unidos; Fidel Castro revelou que não havia nada de ilegal em instalar mísseis soviéticos em seu território[carece de fontes]; e o primeiro-ministro britânico Harold Macmillan disse não ter entendido por que não foi sequer ventilada a hipótese de acordo diplomático[carece de fontes].
Em 23 e 24 de Outubro, Kruschev teria enviado uma carta a Kennedy[carece de fontes], informando suas intenções pacíficas. Em 26 de Outubro disse que retiraria seus mísseis de Cuba se Washington se comprometesse a não invadir Cuba[carece de fontes]. No dia seguinte, pediu também a retirada dos balísticos Júpiter da Turquia. Mesmo assim, dois aviões espiões estadunidenses U-2 foram abatidos em Cuba e na Sibéria em 27 de Outubro, o ápice da crise. Neste mesmo dia, os navios mercantes soviéticos haviam chegado ao Caribe e tentariam passar pelo bloqueio. Em 28 de Outubro, Kennedy foi obrigado a ceder os pedidos, e concordou em retirar os mísseis da Turquia e não atacar Cuba. Assim, Nikita Kruschev retirou os mísseis nucleares soviéticos da ilha.
Apesar de o acordo ter sido negativo para os dois lados, o grande derrotado foi o líder soviético, que foi visto como um fraco que não soube manter sua posição frente aos estadunidenses.
Sobre isso, disse o Secretário de Estado Dean Rusk:
"Nós estivemos cara a cara, mas eles piscaram"[carece de fontes].
Dois anos depois, Kruschev não aguentou a pressão e saiu do governo. Kennedy também foi mal-visto pelos comandantes militares dos Estados Unidos. O general Curtis LeMay disse a Kennedy que este episódio foi "a maior derrota da história estadunidense" [carece de fontes], e pediu para que os Estados Unidos invadissem imediatamente Cuba[carece de fontes].

[editar]América Latina

Durante a Guerra Fria, a propaganda e os os esforços anticomunistas dos Estados Unidos fizeram-se sentir na região. De 1946 a 1984, os Estados Unidos mantiveram no Panamá a Escola das Américas. A finalidade deste órgão era formar lideranças militares pró-EUA. Vários ditadores latino-americanos foram alunos desta instituição, entre eles o ditador do Panamá Manuel Noriega, eLeopoldo Galtieri, líder da Junta Militar da Argentina. A partir de 1954, os serviços de inteligência norte-americanos participaram de golpes de estado contra governos latino-americanos.[16][17]Após a Revolução cubana, o receio de que o comunismo se espalhasse pelas Américas cresceu muito. Governos simpáticos ao comunismo ou democraticamente eleitos, mas contrários aos interesses políticos e econômicos dos Estados Unidos foram removidos do poder.
Em 1961, o presidente Kennedy criou a Aliança para o Progresso, para abrandar as tensões sociais e auxiliar no desenvolvimento econômico das nações latino-americanas, além de conter o avanço comunista no continente americano. Este programa ofereceu ajuda técnica e econômica a vários países. Com isto pretendia-se afastar a possibilidade das nações da América Latinaalinharem-se com o bloco soviético. Mas, como programa não alcançou os resultados esperados, foi extinto em 1969 pelo presidente Richard Nixon.
Golpes de Estado ocorridos na América Latina neste período:

[editar]A Distensão (1962 - 1979)

Jimmy Carter e Leonid Brejnev assinando o SALT II, em 1979.
O período da distensão (Détente) seguiu-se à Crise dos Mísseis, por ela quase ter levado as duas superpotências a um embate nuclear. Os Estados Unidos e a URSS decidiram, então, realizar acordos para evitar uma catástrofe mundial. Nesta época, vários tratados foram assinados entre os dois lados. A política Détente, foi principalmente seguida por Brejnev, que mais tarde criaria um grande sistema diplomático e de distensão, sendo este o sistema que salvaria a pele de Brejnev, que entrara em uma estagnação econômica, apesar de alcançar um bem-estar para o povo soviético. Durante a direção de Brejnev e sua inseparável doutrina, o povo que nascera depois da Guerra Fria nunca havia presenciado um momento de tanta paz mundial.
  • Tratado de Moscou (1963) - Os dois países regularam a pesquisa de novas tecnologias nucleares e concordaram em não ocupar a Antártica.
  • TPN (Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares) (1968) - Os países signatários (Estados Unidos, URSS, China, França e Reino Unido) comprometiam-se a não transmitir tecnologia nuclear a outros e a se desarmarem de arsenais nucleares.
  • SALT I (Strategic Arms Limitation Talks - Acordo de Limitação de Armamentos Estratégicos) (1972) - Previa o congelamento de arsenais nucleares dos Estados Unidos e da União Soviética.
  • SALT II (1979) - Prorrogação das negociações do SALT I. (ver: Conversações sobre Limites para Armas Estratégicas)
Os dois países tinham seus motivos particulares para buscar acordos militares e políticos. A URSS estava com problemas nos relacionamentos com a China, e viu este país se desalinhar do socialismo monopolista de Moscou. Isso criou a prática da diplomacia triangular, entre Washington, Moscou e Pequim. Também estavam com dificuldades agrícolas e econômicas. E os Estados Unidos haviam entrado numa guerra contra o Vietnã, e na década de 1970 entrariam em uma grave crise econômica.
A Distensão, apesar de garantir o não-confronto militar, acirrou a rivalidade política e ideológica, culminando em algumas revoltas sociais e apoios a revoltas e revoluções na Europa e no Terceiro Mundo.
Como exemplo, pode-se citar a Invasão do Afeganistão, a Intervenção Soviética em Praga, e a própria guerra do Vietnã.

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